Siouxsie and the Banshees foi uma influente banda inglesa de punk, pós-punk e rock gótico, formada em 1976, e que terminou oficialmente em 1996.
História da banda
A primeira apresentação com a formação original foi uma apresentação no Punk Festival, em 20 de setembro de 1976, no 100 Club, Londres. A banda tocou somente covers como “Twist and Shout” (dosBeatles), “Knockin’ On Heaven’s Door” (do Bob Dylan) e uma versão de cerca de 20 minutos de “The Lord’s Prayer”, que agradara somente a um dos assistentes de Malcon McLaren, empresário dos Sex Pistols, que se encontrava na platéia. Logo após a apresentação, foram convidados a acompanhar o Sex Pistols como banda de abertura em uma turnê pela Inglaterra.
A formação até então então era:
Susan Ballion - Vocal
Steve Havoc - Baixo
Sid Vicious - Bateria
Marco Pirroni - Guitarra
Meses depois com a saída/expulsão de Glen Mattlock (Baixo - Sex Pistols), Sid Vicious foi efetivado nos Sex Pistols como baixista mesmo sem saber tocar baixo. Marco Pirroni também deixa a banda e passa a tocou em uma série de outros grupos na Inglaterra como a banda de New Romantic, Adam And The Ants.
Desde então, Susan e Steve passaram a liderar a banda em uma troca incrível de guitarristas que pouco ficaram na banda.
Para substituir Sid Vicious e Marco Pirroni, entram Kenny Morris (baterista) e John McKay (guitarrista), o que deixou a formação estável nos 2 primeiros discos da banda até o fim de 1979. É apartir deste momento que Susan Ballion passa a se chamar Siouxsie Sioux, referência a uma tribo indígena Norte-Americana, e Steve Havoc passa a ser chamado de Steve Severin.
Na semana em que a banda procurava um nome, foi exibido na TV o filme “Cry of the Banshee”, baseado no conto de Edgard Alan Poe, no qual o ator Vincent Price atuava e acharam que “The Banshees” seria uma ótima idéia pra um nome. Depois pensaram em Susy and The Banshees, e em definitivo, Siouxsie and The Banshees. “Banshees” são entidades femininas pertecentes a mitologia celta cuja voz bela e tenebrosa anuncia a proximidade da morte.
Primeiros albums:
O primeiro single, “Hong Kong Garden”, foi lançado em 1978 pla Polydor. Alcançou logo de cara o Top 10 Britânico. No mesmo ano, lançam o primeiro álbum também pela Polydor, The Scream, que trazia o cover dos Beatles, “Helter Skelter”, em estilo punk, além das faixas “Overground”, “Mirage” e “Metal Postcard” - que ganhara uma versão em alemão, cantada ao vivo pela banda, com o nome de “Mittageisen”.
Em 1979 lançam Join Hands, um álbum ainda no estilo Punk. É possível encontrar a canção “The Lord’s Prayer”, na mesma duração e execução que a banda tocou em sua primeira apresentação, no London’s 100 Club, além da faixa “Icon”, outra música conhecida da banda.
Kenny Moris e John McKay saíram da banda e foram substituídos na excursão do segundo álbum pelo baterista Budgie (ex-The Slits) e pelo guitarrista John McGeoch (ex-Magazine). Ainda em 1979 excursionam com Robert Smith, líder do The Cure, que participaria como guitarrista mais pra frente, nos Nocturne (1983) e Hyaena (1984).
Siouxsie que era amiga e meio namorada de Steve Severin, passa a ser vista cada vez mais com o novo baterista Budgie, até que passam efetivamente a formar um casal.
O Início da fase gótica:
Em 1979, o pós-punk nascia na Inglaterra, proveniente de bandas como Magazine, Public Image Ltd e Joy Division. A sonoridade melancólica, com o som do baixo em primeiro plano e uso de bateria eletrônica em muitas ocasiões, bem como a utilização de sintetizadores para criar o clima sombrio característico do estilo, também estão presentes na sonoridade de Siouxsie & e Banshees entre 1979 e 1982, que também é considerada uma banda pertecente a este cenário musical que muito contribuiu para o nascimento do rock gótico.
Em 1980, o terceiro álbum é lançado: Kaleidoscope, que contou com a participação do guitarrista Steve jones, do Pistols. Este é o álbum que aponta a transição da banda para o estilo gótico, demosntrando uma sonoridade típica do pós-punk, mas ´muito mais próxima do gótico. O álbum é considerado até hoje um dos mais perfeitos da banda, apresenta composições mais trabalhadas e profundas e teve uma boa aceitação por parte do púbico, apesar de ter recebido um ataque cruel da crítica inglesa. “Happy House” e “Christine” emplacaram nas paradas inglesas e o álbum teve outros clássicos como “Red Light”. Após o lançamento deste álbum, a banda saiu em sua primeira turnê pelos Estados Unidos.
Juju foi lançado em 1981 e segue a mesma linha do álbum anterior. Merecem destaques as faixas “Spellbound” e “Arabian Knights”. No mesmo ano, é lançada a primeira coletânea do grupo, intitulada Once Upon A Time.
A Kiss In The Dream House, de 1982, considerado uma das inspirações para a neo-psicocdelia, apresenta uma Siouxsie cantando de forma bem mais suave, em partes devido recomendação médica: na época, Siouxsie apresentava problemas na garganta que poderiam forçá-la a parar de cantar. Este álbum está submerso numa atmosfera onírica criada graças aos sintetizadores, além de ter referências exóticas. O lançamento deste álbum marcou também mais uma despedida de membros da banda: McGeogh deixa o grupo para se juntar a John Lydon e tocar no Public Image Ltd.
Robert Smith:
Foi aí que o vocalista do The Cure, Robert Smith, entrou para Siouxsie & The Banshees. Ele já era um conhecido da banda, pois o The Cure abrira alguns shows do grupo em 1979 e inclusive Robert Smith foi convidado para tocar com eles após o guitarrista dos Banshees ter desertado a meio da tour. Nesta altura Robert Smith fazia a 1ª parte com os Cure e a 2ª com os Banshees.
Em 1983, eles gravam Nocturne, álbum duplo e ao vivo gravado durante um show no Royal Albert Hall, em Londres.
Após uma parada para dar vida aos projetos paralelos de Budgie e Siouxsie, The Creatures, bem como o de Severin e Robert Smith, Glove, a banda volta em 1984 lançando o álbum Hyaena. Logo após o lançamento deste álbum, Robert Smith deixou a banda, não num clima muito bom.
Robert e Siouxsie tiveram vários desentendimentos, a ponto de um falar mal do outro em entrevistas posteriores. Siouxsie comentou a saída de Robert Smith com o seguinte depoimento: “Robert Smith diz que as cordas de Dazzle estragaram a música, mas ele não estava muito envolvido em Hyaena e seus comentários sobre ele são orgulho ferido. Deixamos que participasse mas ele não o fez, isso foi culpa dele. Não foi uma união ideal e nós dois saímos. Algumas vezes eu o chutei no saco. Tinha dias em que ele chegava com cerca de três horas de atraso, e eu odeio esse tipo de coisa. Ele se costuma se mexer muito, o que me irrita.”
Robert Smith esclareceu, algum tempo depois, o motivo de sua entrada para o Siouxsie & The Banshees e disse ter se divertido com a experiência, apesar dos problemas: “No Cure eu escrevo, canto, toco guitarra, dou entrevistas. As pessoas exigiam um comportamento meu de um rock star o que me irritava. Eu olhava para o espelho e via o Robert Smith do Cure e não mais a pessoa que eu era. Por isso resolvi dar um tempo com o grupo e tocar com a Siouxsie. E apesar dos problemas que tivemos, confesso que me diverti muito.”
A vida seguiu para a banda em mais uma substituição de membros: o guitarrista John Carruthers Valentine (ex-Clock DVA) entrou para o lugar de Robert Smith.
Cities In Dust:
O novo álbum só veio em 1986, Tinderbox, trazendo o maior sucesso da banda: Cities In Dust, uma canção que fala sobre a explosão do vulcão Vesúvio em Pompéia, Itália, foi a primeira música da banda a atingir o Top 100 Americano. A banda também fez uma participação no filme Out Of Bonds - Chuva de Chumbo cantando essa canção.
Essa também foi uma época difícil para a banda. Siouxsie brigava freqüentemente com Budgie por causa de ciúmes, chegando a chutar uma janela de vidro. Além de machucar um nervo das costas, Siouxsie também chegou a deslocar o joelho durante um show da turnê realizada em 1985. Todo essa onda de brigas e contusões acabou por azedar o clima na banda.
O Futuro:
O próximo álbum não demorou muito para ser lançado. Through The Looking Glass, de 1987, é um álbum só de covers que funcionou para que a banda respirasse um pouco e o ar carregado fosse desfeito. Se destacam nesse trabalho as faixas “Hall of Mirrors” do Kraftwerk, “The Passenger” de Iggy Pop, “You’re Lost Little Girl” do The Doors e “This Wheel’s on Fire” de Bob Dylan. A saída de algum membro após o lançamento de um novo álbum voltou a se tornar rotina: foi a vez de John Carruthers deixar o grupo.
Entram para a banda o tecladista Martin McCarrick (da banda Soft Cell de Marc Almond) e o guitarrista Jon Klein, ex-Specimen, substituindo John Carruthers.
Uma nova sonoridade se inicia no grupo de forma gradativa. Aos poucos, a banda adotaria cada vez mais um som pop e dançante. O álbum de 1988, Peepshow, mostrava bem as novas tendências do grupo trazendo faixas dançantes e um toque eletrônico. “Peek-a-boo”, primeira música da banda a entrar na parada de singles americana, também assustou os fãs mais radicais por ser quase um rap. Siouxsie disse à época do lançamento que o grupo só ouvia música negra, artistas como Prince e nomes do hip-hop e rap há vários anos e que decidiram mostrar esse seu lado em um trabalho. Depois do lançamento de Peepshow a banda ficaria três anos sem lançar um álbum.
Também em 1988, a banda se apresentou na primeira edição do Lollapalooza.
Em 1991, voltam com um álbum que têm raízes no eurodance e technopop, Superstition, álbum produzido por Stephen Hague , que chegou a entrar na Billboard e causou muita controvérsia entre os fãs. O álbum é praticamente temático e foi inspirado no acidente automobilístico que decepou Jayne Mansfield depois que um satanista amaldiçoou o namorado dela. Ainda em 1991, foi realizado o casamento oficial de Siouxsie e Budgie.
Em 1992, é lançada a segunda coletânea da banda, Twice Upon a Time, que também conta com a música inédita “Fireworks”, Lados B e Singles como a canção “Face to Face”, feita para o filme Batman, O Retorno, de Tim Burton.
O Fim:
O último álbum da banda veio em 1995, Rapture, produzido por John Cale. O lançamento foi seguido por uma grande turnê mundial.
Mas foi em 1996 que veio o encerramento das atividades, após 20 anos de carreira, que coincidiu com a volta do Sex Pistols. No comunicado em que declaram o fim da banda, Siouxsie afirma: “Como a ‘indústria musical’ prepara-se para reviver os primeiros anos do ‘punk’, quando confundiam os oportunistas com os protagonistas e assinavam contrato com qualquer coisa com um alfinete de fralda que pudesse cuspir, Siouxsie and The Banshees gostariam de dizer Obrigado e Adeus.”
Retorno?:
A banda ressurgiu para uma beve aparição em abril de 2002, em Londres, quando a banda fez uma pequena turnê intitulada 7 Year Itch tour, que contou com a seguinte formação: Siouxsie Sioux, o baixista Steve Severin, o guitarrista Chandler Knox e Budgie na bateria.
O nome da turnê faz alusão aos sete anos de separação da banda e teve como fruto o lançamento simultâneo de um CD e um DVD com gravações ao vivo. O CD também intitulado Seven Years Itch, traz 14 músicas retiradas do mesmo show. As gravações foram feitas durante show no The Shepherds Bush Empire, em Julho de 2002, em Londres.
Apesar do sucesso da turnê que contou com bilheteria esgotada em todas as apresentações, a reunião da banda foi mesmo passageira, e não há previsão alguma de novo retorno ou de algum disco com gravações inéditas.
Siouxsie e Budgie continuaram e continuam até hoje com a sua banda que antes era um projeto paralelo, The Creatures, e Siouxsie lançará em 2007 um CD solo. Steve Severin desenvolveu alguns projetos solos como a trilha sonora do filme Visions of Ecstacy além de participações em outras bandas.
Os clips do post "Não poderia ser melhor" Exemplo a Siouxsie and the Banshees,(Arabian Knights Version 1, Happy House,Hong Kong Garden,Dear Prudence,Swimming Horses,Tenant,Wonderland). Abraço...
ResponderExcluirSusan Ballion. Eita!!! Coroa boazuda!!!
ResponderExcluirATENDENDO A CRITICA DO AMIGO (A) ACIMA,FORAM POSTADOS OS VIDEOS RELACIONADOS PELOMESMO...VALEU PELA DICA, ABRAÇOS
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